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  • Foto do escritorACCS

Espaços Invisibilizados

Por Lilian Barbosa


Refletindo sobre dança em trânsito no CAP:


Frase 1: Vivemos uma nova vida.

Frase 2: Transitamos caminhos diferentes.

Frase 3: Fingir ser cego.


Transitando em espaços invisibilizados social e culturalmente, vemos a arte florescer.

Vemos a morte da rotina das pessoas que viam com os olhos físicos e hoje enxergam com todos os outros sentidos. Transitamos no escuro, quando não vemos o diferente, ou não concedemos espaços de expressão e participação às pessoas independentemente de sua saúde e condição física.


Quando um dos participantes desabafou que precisa fingir ser completamente cego para ter seus direitos garantidos por ele ter visão reduzida, podemos refletir sobre as pessoas consideradas saudáveis, mas não veem nem com os olhos e nem com o coração como elas dificultam a vida das pessoas com deficiência.


Refleti sobre a aluna X que falou sobre a sua realidade de viver em uma sociedade onde todos são considerados dentro de um padrão de normatividade e que ela foi criada como se tivesse uma visão perfeita. E eu refleti a minha vida que também fui criada como uma pessoa que tem a visão normal, mas eu uso praticamente um olho apenas.

Participar desta ACC está me fazendo perceber quem eu sou em muitos sentidos. Cada pessoa, compartilhando sua experiência de vida, parece contar a minha história. Uma história que estava escondida de mim mesma.





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