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Cor ao que era preto e branco

  • Foto do escritor: ACCS
    ACCS
  • 26 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Por Júlia Santos


A aula ministrada no dia 14 de setembro trabalhou com diversos recursos como o som, a sala, o corpo, o chão, o outro (colega de turma), a criatividade. Através deles buscamos construir uma sintonia com o eu, os colegas, os movimentos realizados e as músicas que tocaram ao decorrer da aula.


Houve uma construção de uma conexão, com o próprio corpo e a descoberta dos pontos de apoio que temos, mas que ignoramos na nossa realidade bípede. E o trabalho com a memória, pela repetição dos movimentos, trabalhando com quantidades de apoios diferentes, gerando uma sequência, um caminho de movimentos, que possibilitou percebermos que apesar de estarmos seguindo uma mesma regra (usar apenas um apoio, três apoios, e por assim adiante) havia várias posições, e nenhuma era igual, mostrando a singularidade de cada eu, que compõe uma pluralidade artística.


Cada um de sua forma, com sua singularidade “deu cor ao que era preto e branco”, com o seu ritmo, dentro do seu limite, construindo sua própria história. E tudo isso só foi possível devido a entrega de cada um ao exercício, cada um com seu entendimento, se desafiou e gerou efeitos e consequências diferenciadas.


Acredito que essa atividade tentou mostrar o quão amplo pode ser o mundo, que não precisamos limitar/padronizar nada, que é possível transmitir uma mensagem com suas diferenças, e que essas diferenças não são limitadoras e deficientes, muito pelo contrário, são construtivas e singulares. A ideia de acessibilidade e inclusão, o discurso que o espaço é de todos, postos em pauta, põe em cheque várias supremacias que perduraram por muitos anos, ou melhor, ainda perduram dentro da sociedade e no meio artístico, onde aqueles que se diferenciavam do padrão imposto precisavam se adequar para serem inclusos em mundo que era tão deles quanto daqueles que se diziam os modelos perfeitos de sujeito.


foto Júlia Santos

 
 
 

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