Conhecendo o CAP de olhos vendados

Por GEISE GÓES DE ALMEIDA

O segundo encontro da ACCS no CAP, me deixou completamente encantada, pelo motivo de poder experenciar coisas novas e diferentes. Como proposta deste belo dia, foi designado que o pessoal do CAP nos mostrasse todos os espaços do CAP, principalmente aqueles de que mais gostavam. Cada pessoal com baixa visão ou cegueira total, teve que levar os estudantes da UFBA em duplas com os olhos vendados. Eu fiz dupla com a Sophia, e éramos responsabilidade de seu Cleidioton (creio que seja assim que se escreve). No iniciou fiquei com muito medo e bastante insegura, mas seu Cleidioton se mostrou bastante ágil, atencioso e cuidadoso conosco, sempre dizia onde estávamos e o que ele fazia nesses respectivos espaços.

Essa experiência me proporcionou duas coisas: a primeira delas é a de que com os meus olhos vendados, pude sentir o espaço com os outros sentidos principalmente com o tato – sentido o vento que vinha de alguns lugares abertos, janelas e ventiladores - e o olfato – com o cheirinho maravilhoso do café que estava sendo produzido no refeitório. A segunda coisa que me fez pensar, foi o de como o vidente precisa oferecer ajuda a um não vidente, como foi demostrado por dona Laura. É importante que o vidente seja cauteloso, se identifique, ofereça ajuda para posteriormente guiar a pessoa com deficiência visual.

É valido ressaltar também de que, além de sido uma nova experiencia para nós estudantes, foi também para os usuários do CAP, que geralmente são guiados e neste dia fizeram o papel inverso, agradeço muito pela oportunidade de estar vivendo tudo isso, afinal cada sexta-feira é um conhecimento e um aprender a apreender diferente e gratificante!

Desenho de Eduarda Nogueira